Depois de vários emails e comentários, é inevitável falar sobre o assunto. Ser mãe solteira é mais comum do que parece e, do meu ponto de vista, um pouco mais complicado. Claro que quando penso que eu poderia estar com um cara chato ou num relacionamento falido, fico satisfeitíssima de estar sendo mãe solteira do filho de um cara que não interfere. Mais uma vez, melhor assim. Penso que se tiver que interferir que seja por amor e não por vontade de me sacanear. Infelizmente, nessa trama de pais separados, a guerra parece o pano de fundo mais comum e foda-se a criança. Continue lendo.
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Amamentar: Yes, we can!
Hoje pela manhã, eu caminhava exibindo Bento no colo pela CeA, quando uma senhora me parou e começou a conversar. A entrada é sempre o Bento. Gordo, grande, fofo e grudado em mim, muita gente para pra falar com a gente. “Nossa que gorducho! Quanto tempo tem? 4 meses?! Desse tamanho?! Isso tudo é só de leite de peito?!” Sequência de comentários super hiper mega ultra comum. Sempre respondo com uma ponta e o resto inteiro de orgulho: “Só leite de peito!” Ééééé! Meu corpo é incrível! Posso proporcionar ao meu filho seu único e rico alimento! Continue lendo.
Tarde agradável em Ipanema
Ainda bato em alguém na rua… Como explicar a essa quantidade irritante de intrometidos que não quero a opinião deles? Hoje, andando por Ipanema, Bento estava chateado de estar no carrinho e não no colo. Eu também estava chateada de vê-lo e ouvi-lo chateado. As pessoas me olhavam, olhavam o bebê e disparavam seus comentários sem reparar que corriam perigo, aquela mulher que pilotava o carrinho estava furiosa. Continue lendo.
O que se passa naquela cachola?
Pensamentos do Bento:
Na hora de dormir:
“Não quero dormirrrr! Móbile legal… Cadê minha mãe? Vou fazer beicinho, ela não resiste. Mãeee, me tira daquiii, quero peito! Peito! Peito! Peito!” Continue lendo.
Direitos iguais respeitando as diferenças
Não vou ser engraçada. Eis aqui o relato de uma mulher que corre com os lobos. Gosto de ser livre e, nesses últimos tempos a última coisa que tenho sido é livre. A maternidade é ambígua em tudo. Você quer dar uma volta na rua, mas não quer deixar o bebê com alguém. Você quer voltar ao trabalho (só pelo dinheiro), mas morre só de imaginar ele chorando sentindo sua falta. Você quer fazer as unhas, ajeitar os cabelos, mas tem preguiça. A maternidade é ingrata, minhas companheiras. Eu olho meu corpo e fico com uma raiva dos diabos. Eu olho meu filho e sinto o amor dos deuses. Continue lendo.
Orgulho de gênero
Se não fosse por amor prá carai ninguém passaria por isso… Ou melhor, nenhuma mulher. Atualmente, pergunto àquelas que têm mais de um como repetem? E elas me respondem: a gente esquece como é difícil. Juro pra mim que não vou esquecer, não posso repetir isso, a não ser que vire milionária amanhã cercada de empregados. Ainda assim deve ser difícil. Repito: somente por esse tipo de amor, que me desculpem os homens, QUE SÓ AS MULHERES CONHECEM, Continue lendo.
Dormir é pros fracos
Ele luta contra o sono e eu penso: ” Deos! Por quê?”. Ele chuta, soca, belisca, dá trancos com o corpo pra trás, puxa cabelo, dá cabeçada, cospe a chupeta. E eu penso: “vou dar nesse moleque…”. Fico bufando.
Aí olho para esse pedaço de gente com força considerável para um bebê de 2 meses e imediatamente me sinto a pior mãe de todos os tempos por ter pensamentos malígnos do tipo ” Vou largar no berço, vai chorar até dormir ou morrer, sei lá! Chega! Deu! Vou ser denunciada ao conselho tutelar !”
Pior mãe do mundo… Meu filho me enfia a porrada porque não quer dormir, mas eu deveria continuar falando com voz fofa e achando ele coitadinho e indefeso. Peeeéssima mãe! Fico muda, bufando e com vontade de chorar. Isso não está nos livros, mas vou dizer a verdade. Dá raiva.
Primeiro dele, depois de você mesma.
Passei a entender como que tem babá dá rivotril pra bebê dormir. Numa boa, ou a pessoa nasceu pra isso ou é mãe. Eu que amo meu filho tenho vontade de sumir, imagina uma pessoa que trabalha com isso sem sentimentos?
[Se uma babá faz isso com meu filho, faço com ela o mesmo que ele faz para não dormir (com exceção de cuspir a chupeta) em proporções bem maiores. Selvageria.
De manhã, na cama, ainda com esperança de dormir mais uma hora, fico tentando fazê-lo pegar a chupeta e dormir. Repito pra ele: “Dorme mais um pouquinho ,vai? Mamãe vai ser bem mais legal e feliz se dormir mais uma hora. Dormir não dói.” Dormir não dói, porraaaaaaa! Não funciona. Fica aquele ser minúsculo se mexendo e resmungando do meu lado. Eu tento ignorar, mas não consigo. Aí, de repente, me levanto, foda-se! Acordei, pronto. Abro a janela, o coloco na cadeirinha e ele, que a meio milésimo de segundo atrás chorava me dando socos e pontapés, abre um sorriso do tipo “Ahá! Venci”. Leonino legítimo dos infernos! Então eu, uma mera vítima dessa criança bipolar mal agradecida e fofa de morrer, me derreto inteira… Em resumo, durante o dia amo meu filho e durante a noite tento lembrar desse amor! Kkkkkkkkkkkkkkk
Valeu: primeiro post mãe.
Hoje é dia 17 de setembro, 11:52 AM, estou como Bento gosta. Com o peito pendurado sobre seu peito para seu deleite. Tem sido assim, desde 12 de agosto de 2012 às 5:22 AM. Sou um par de peitos que anda e chora. Se não chorar empedra (existe esse verbo? Preguiça de pesquisar agora). Tenho leite para uns 3 Bentos, só não tenho tempo para os mesmos. Sou uma mãe e tanto! Tenho vivido para sobrevivência e conforto do meu rebento. Não é fácil.
Não arredo o pé
Ela está grávida de um cara casado. Não há como mudar isso agora. Aceite. Você é apenas um espectador na sua história. Pese seus comentários, arrume seu fino trato, pois você é figuração. Continue lendo.